As dez indústrias farmacêuticas mais valiosas do mundo em 2020

A indústria farmacêutica global deve testemunhar um expressivo crescimento neste ano, especialmente sob o impulso das pesquisas de novos medicamentos contra a Covid-19. Mas quais são as companhias que melhor vêm aproveitando esse momento? Com base no cruzamento de dados financeiros do setor, a plataforma Pharmaceutical Technology elencou os dez laboratórios mais valiosos do mundo em 2020. E, pela primeira vez, a lista dos top 10 inclui uma empresa chinesa.

As dez farmacêuticas campeãs em faturamento no ano

1. Johnson & Johnson – US$ 56,1 bilhões

As receitas da divisão farmacêutica da Johnson & Johnson (J&J) cresceram 3,6%, impulsionadas pelo portfólio de imunologia (US$ 13,95 bilhões) e oncologia (US$ 10,69 bilhões). A J&J está trabalhando no desenvolvimento de uma vacina contra a Covid-19, que foi anunciada em março de 2020 e entrou na pré-fabricação em junho. Os ensaios clínicos foram iniciados em setembro, com anúncio dos dados previsto para dezembro. Com base nos resultados, os primeiros lotes da vacina devem estar disponíveis no primeiro trimestre de 2021 para uso emergencial.

2. Pfizer – US$ 51,75 bilhões

A Pfizer registrou uma queda de 4% nas receitas deste ano com o segmento biofarmacêutico, mas ocupa uma honrosa segunda colocação. A companhia planeja aumentar o investimento em P&D em US$ 500 milhões para o desenvolvimento de medicamentos anti-infecciosos e de uma vacina contra a Covid-19. Os ensaios de fase 2b/3 começaram em julho e a aprovação regulatória é esperada até o fim do ano.

3. Roche – US$ 49,23 bilhões

A receita da divisão farmacêutica da Roche aumentou 11% com as vendas de novos medicamentos no segmento de oncologia e imunologia. Espera-se que a pandemia tenha um impacto positivo nas vendas da companhia. Os medicamentos oncológicos Actemra/RoActemra estão sendo estudados em ensaios clínicos de fase 3.

4. Novartis – US$ 47,45 bilhões

A Novartis registrou um crescimento de 6% em 2019. Quase 80% do faturamento é originário da divisão de medicamentos inovadores. A farmacêutica firmou acordos com várias organizações de pesquisa para desenvolver um tratamento para a Covid-19. Ela iniciou um ensaio clínico de fase 3 para testar a eficácia de seu medicamento para mielofibrose ruxolitinibe, no tratamento de pneumonia em pacientes com o novo coronavírus.

5. Merck Sharp & Dohme (MSD) – US$ 46,84 bilhões

A Merck Sharp & Dohme (MSD) relatou um aumento de 11% na receita, estimulada pelas divisões de oncologia, vacinas de saúde humana e saúde animal. A companhia espera um impacto de receita de US$ 2,1 bilhões em 2020 devido às condições desfavoráveis ​​criadas pela pandemia da Covid-19. Ela iniciou o recrutamento para os testes de sua vacina experimental contra o novo coronavírus em setembro de 2020. Também faz parte do consórcio liderado pelo Instituto Nacional de Saúde para o desenvolvimento de vacinas e drogas contra a doença.

6. GlaxoSmithKline (GSK) – US$ 44,27 bilhões

O crescimento anual de 10% da GSK foi resultante do aumento das vendas de vacinas como a Shingrix, contra a herpes zoster. A companhia colaborou com a Sanofi para desenvolver uma vacina para o novo coronavírus e com a Vir Biotechnology para identificar novos anticorpos virais contra a doença. A GSK também está colaborando com a Universidade de Queensland, Xiamen Innovax Biotech, Clover Biopharmaceuticals e Chongqing Zhifei.

7. Sanofi – US$ 40,46 bilhões

A Sanofi registrou um avanço de 4,8% no faturamento. Os mercados emergentes responderam por 30% do volume de negócios. O laboratório está atuando em parceria com a Translate Bio e com a Autoridade de Pesquisa e Desenvolvimento Avançado Biomédico, para o desenvolvimento de vacinas; e com a Luminostics para desenvolver uma solução de autoteste da Covid-19.

8. AbbVie – US$ 33,26 bilhões

A AbbVie ampliou em 2,7% o faturamento com a ajuda do Humira, seu principal medicamento para o combate à artrite reumatoide – que responde por 58% das receitas. Atualmente, a indústria avalia a eficácia do Imbruvica para o tratamento do novo coronavírus, que está na fase 2 de testes.

9. Takeda – US$ 30,52 bilhões

A Takeda registrou um aumento de 56,9% nas receitas em 2019, principalmente impulsionado pelas vendas de produtos obtidos por meio da aquisição da Shire em janeiro de 2019. A companhia espera que a Covid-19 cause redução nas operações e diminuição da demanda do produto devido a menos visitas de pacientes aos hospitais. A empresa faz parte da aliança internacional CoVIg-19 e está envolvida no desenvolvimento de um tratamento de globulina hiperimune para o novo coronavírus. Os candidatos a medicamentos internos existentes também estão sendo explorados para testar sua segurança e eficácia contra a doença.

10. Shanghai Pharmaceuticals Holding (SPH) – US$ 26,69 bilhões

As severas medidas impostas pela China para combater a pandemia comprometeram as operações da Shanghai Pharmaceuticals Holding (SPH). A farmacêutica enfrentou problemas com a segurança de matérias-primas, juntamente com a escassez de mão de obra. Mesmo assim, o faturamento evoluiu 17,2%. A SPH também aumentou a produção de vários medicamentos e drogas preventivas em resposta à Covid-19.

Fonte: Panorama Farmacêutico

Leave a Reply